Que fase da infância te lembra este título desse artigo? Pois bem, é esta mesma: a fase das crianças acima de 2 anos. Elas começam a diminuir o crescimento e ganho de peso, e por causa disto muitas alterações importantes marcam momentos de muita ansiedade para a mãe e familiares, mas ela só está nesta fase de transição e precisa da firmeza, amor e disciplina dos pais em garantir e sedimentar que a criança tenha uma boa alimentação nesta fase porque isso faz toda a diferença.
As crianças nesta fase oscilam muito na forma de aceitar alimentos e horários determinados para a alimentação e muitos pais correm para o pediatra achando que a criança apresenta distúrbios ou alguma doença. E estas medidas podem atrapalhar o desenvolvimento da aceitação de uma alimentação saudável. Segundo estudiosos, na alimentação do pré-escolar (2 a 6 anos), dois traços de personalidade são conhecidos por dificultarem o estabelecimento de uma dieta qualitativamente saudável e variada:
Neofobia: é caracterizada pela dificuldade em aceitar alimentos novos ou desconhecidos, isto é, a criança nega-se a experimentar qualquer tipo de alimento desconhecido e que não faça parte de suas preferências alimentares.
Picky/fussy eating (comedores seletivos): as crianças comem poucos vegetais e frutas ou nada destes alimentos apresentando pouca ingestão de vitaminas B, C e fibras principalmente.
Estes dois comportamentos podem estar acompanhados e pode depender da idade ou ambiente. Estes comportamentos estão nas crianças mais novas entre 2 e 4 anos, em crianças que são superestimuladas ou ainda durante o verão em que o apetite é menor. Para que um comportamento se modifique, é necessário que a criança prove o novo alimento em torno de oito a dez vezes, mesmo que seja em quantidade mínima. Somente dessa forma ela conhecerá o sabor do alimento e estabelecerá seu padrão de aceitação.
Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia diz que: São necessárias orientações gerais para que a conduta alimentar da criança seja saudável e a formação do hábito adequada:
- As refeições e os lanches devem ser servidos em horários fixos estabelecendo uma rotina. Um grande erro é oferecer alimentos fora de hora ou deixar a criança alimentar- se sempre que deseja, pois assim não terá apetite no momento das refeições. O intervalo entre uma refeição e outra deve ser de 2 a 3 horas.
- É necessário que se estabeleça um tempo definido e suficiente para cada refeição. Se nesse período a criança não aceitar os alimentos, a refeição deverá ser encerrada e oferecido algum alimento apenas na próxima. Evitar oferecer leite ou outro alimento em substituição à refeição.
- O tamanho das porções dos alimentos nos pratos deve estar de acordo com o grau de aceitação da criança. Estimule a criança a escolher a porção desejada e ela não deve ser obrigada a comer tudo o que está no prato.
- Quando houver doce de sobremesa, oferecê-lo como mais uma preparação da refeição, não use como recompensa.
- Evitar uso de líquidos durante as refeições. O ideal é oferecer água à vontade nos intervalos das refeições para que a criança não sinta necessidade de ingerir líquidos na hora de comer.
- Salgadinhos, balas e doces devem ser evitados. Deve ser esclarecido que esses doces e salgadinhos podem ser consumidos em horários adequados e em quantidades suficientes para não atrapalhar o apetite da próxima refeição, bem como não trazer prejuízos a dentição.
- Alimentar a criança junto com a família pois é ela o modelo para o desenvolvimento de preferências e hábitos alimentares
- No preparo das refeições sempre ficar atentos na composição de cores, modo de preparo e textura de alimentos para que haja variedade e contato com novos sabores. Evite a monotonia.
- Ensine a criança a ser grata a tudo o que Deus dá. Pois segundo a sua palavra tudo que Deus criou é bom, e portanto, nada deve ser rejeitado.
Em 1 Timóteo 4 explica como uma oração de graças pode fazer tudo aceitável. Creia e tenha fé!