NUTRICIONISTA

A Nutrição da Criança Autista

“Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícia perpetuamente”. Salmos 16.11

Estas são as características daqueles que conhecem Jesus, eles veem os caminhos de vida, desfrutam da plenitude de alegria e a através da bondade dEle recebem delicias para sempre pela fé.
Lendo este salmo, comparo com a descrição do coração de uma mãe para com seus filhos, elas são assim. Vivem em meio a alegrias e a dificuldades, por vezes sem saber como lidar com determinada situação. Elas são preenchidas pela sabedoria do Espirito Santo em seu interior, e há clamor e gemidos. E o resultado é lindo de ver, pois nesta perseverança do conhecimento e com muito amor, seguem os dias educando seus filhos e vencendo a inabilidade e a própria ignorância, pois o Espírito Santo nos ensina todas as coisas.

Quando se trata de uma criança, a mãe supera qualquer desafio desde o gerar até o último dia de vida dela. Não importa o quanto este filho corresponda a este amor porque ela morreria em lugar dele somente para vê-lo satisfeito, saudável e alegre.

Neste artigo, quero falar um pouco da criança com transtorno do espectro autista (TEA) e capacitar as mães com conhecimento da ciência da nutrição.

O autismo acomete mais crianças do sexo masculino do que o feminino, apresentam atrasos na linguagem, dificuldades na interação social, comportamentos repetitivos, recusas nas tarefas de rotina, e os sinais podem aparecer antes dos 3 anos de idade e estes são heterogêneos.

Há ainda uma série de desordens gastrointestinais:
. Diminuída produção de enzimas digestivas
. Inflamações da parede intestinal e a permeabilidade intestinal alterada. Como consequência apresentam dor abdominal, diarreia crônica, flatulência, vômitos, regurgitação.

Outra característica importante do autista é a seletividade alimentar que limita a variedade de alimentos, e pode levar a carências nutricionais; a recusa, mesmo ocorrendo a seletividade é frequente a não aceitação do alimento selecionado o que pode levar a um quadro de desnutrição calórico-proteica e além disso, a própria indisciplina no momento das refeições que também contribui para a inadequação alimentar.

AJUDA DA NUTRICIONISTA PARA AS MÃES:

  • Multidisciplinar: psicologia, fonoaudiologia, nutrição, educadores, fisioterapeutas e médica;
  • Atenção maior dos pais para que a criança se torne cada vez mais independente e elimine a necessidade da ajuda constante e direta;
  • Toda modificação dos hábitos alimentares envolve aspectos culturais, preferenciais e socioeconômicos, e por isso a adequação da dieta de forma personalizada contribui para uma boa evolução e aceitação do novo;
  • Por existir alterações metabólicas envolvidas deve-se suplementar com vitaminas e minerais com indicação de médico e nutricionista com vistas a suprir requerimentos importantes de vitamina D, ômega-3, cálcio, ferro, zinco, potássio, vitamina B6 e C que podem estar deficientes;
  • Aderir a dieta sem glúten (proteína presente no trigo, centeio, aveia que contém glúten e cevada) e sem caseína (proteína que está no leite e derivados do leite). Alguns estudos relatam a melhora dos sintomas quando estas proteínas são retiradas da alimentação do paciente autista. Estes alimentos tornam-se dificilmente digeríveis ultrapassando a barreira hematoencefálica levando-os a obterem piora dos sintomas como irritabilidade, desorientação e outros. Além disso, provoca alterações semelhantes a processo alérgico, aumentando as células que promovem inflamação no intestino e dificulta a absorção de nutrientes pois há uma produção de anticorpos contra a gliadina, proteína contida no glúten. Apesar de não haver evidências fortes a respeito desta estratégia, o ideal é o acompanhamento do profissional nutricionista em relação aos sintomas e requerimentos de proteína, fibras, vitaminas e minerais.

Em cada estudo feito, propõe-se crer que o autismo é uma síndrome com efeitos prejudiciais para o cérebro e não uma doença no cérebro. É possível que a alimentação equilibrada e saudável afete positivamente o comportamento da criança autista e melhore sua satisfação em relação a aceitação do alimento e prazer em socializar, pois com os sintomas diminuídos as crianças evoluem para fase adolescente e adulta percebendo que estes alimentos contribuem para o seu conforto e estado geral.

Deus tem prazer em seus filhos, ele se alegrou no cumprimento da promessa da reconciliação com a sua criação e entre os muitos feitos de Jesus, na terra, a cura é palpável para aquele que crê. Portanto, mãe, se creres verás a glória de Deus (João 11.40).
Creia somente!